terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Técnica e Espontaneidade na dança

Algumas pessoas já sabem, também já citei em outras postagens aqui, que estou fazendo uma especialização em Psicologia Corporal, com o objetivo de trazer e desenvolver novas ferramentas para trabalhar a dança de salão. E têm sido muito satisfatório os resultados, estão indo muito além das minhas expectativas inciais. Minha meta é publicar esse estudo. Enquanto isso não ocorre vou postando aqui algumas idéias, teorias e resultados das experimentações.

Tenho observado muito a forma de dançar das pessoas, desde iniciantes até profissionais, passando pelos estilos de cada ritmo, e com isso analisando o que agrada e o que não, e o porque. Essas observações tem um objetivo de estudo e também de acrescentar na minha forma de dançar e de lecionar.

Uma coisa que tem me chamado muito a atenção é que muitos dançarinos se apegam demais as técnicas, ou a passos, e esquecem de pôr sentimento na dança, o que para mim deixa um imenso vazio! É como ver uma bailarina de caixinha de música, não tem vida! Mas o contrário também não satisfaz! É gostoso ver um casal se divertindo no salão, mesmo sem nenhum conhecimento de dança, apenas vivendo o momento, a sua alegria é contagiante, mas fica faltando um conhecimento de causa para que os seus movimentos causem o mesmo sentimento.

Então meu ideal de como deve ser a dança vagava entre essas duas idéias, mas sem ter chegado a uma definição ainda, até que lendo o livro Bioenergética de Alexander Lowen (a Bioenergética é uma das linhas da Psicologia Corporal), no capítulo de Auto-expressividade e espontaneidade, o autor citou: "O desafio do artista é como manter um alto nível de execução sem perder o sentimento de espontaneidade de suas ações, que confere vida e prazer ao que estiver fazendo." É isso!!! É preciso ter técnica para atingir um alto nível, mas também precisa ter vida, sentimento e prazer durante a execução, precisa ser espontâneo, senão pode até ser bonito, mas nunca será encantador!!!

7 comentários:

  1. Amei!falou tudo!
    gosto muitoo de saber fazer os passos mas as vezes so executa-los me enche o saco!
    =]
    mandou bem nesse texto, boa sorte nas suas experiencias!!=]
    beijos

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  2. Verdade, já vi gente que dança bonito mas não encanta...

    Isso de dançar com sentimento me fez lembrar da cena final do filme Cisne Negro, que é super, mega emocionante justamente porque a bailarina viveu aquilo com todo o seu ser... (tá, foi um exemplo meio extremo, ninguém precisa chegar a esse ponto para dançar de forma expressiva, ahahahah... mas é que aquela cena é de arrepiar, e eu amei o filme!)

    Viu, por que seu blog não manda atualizações para os inscritos? Ou pelo menos vc poderia colocar no facebook algo como "novo post no blog, confiram!"... senão a gente se esquece de entrar aqui!

    Beijos,
    Nina

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  3. Aline, muito obrigado! Esse vai ser o nosso desafio!!! ;)

    Nina, ainda não vi o filme Cisne Negro, mas agora vc me deixou curioso... Quanto as atualizações, vou ver se tem alguma configuração para isso! No face eu havia postado mas não no grupo de Alunos... vou fazer isso lá no grupo tbm!

    Beijos meninas!

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  4. eh pois eh será o nosso desafio e vamos supera-lo vc vai ver..=]
    beeijos

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  5. Nina, assisti o filme Cisne Negro. Entendi porque vc gostou tanto, é porque a protagonista se chamava 'Nina', né?! rsrs.

    O filme é outro grande exemplo, não só na cena que vc comentou, mas nos ensaios, o coreógrafo exige dela exatamente isso, que ela viva o personagem, para ela interpretar o cisne branco era fácil, porque tinha exatamente as suas características, mas para o cisne negro ela precisava interpretar a essência e a personalidade que eram o oposto dela, não adiantava só executar as dança perfeitamente, ela precisava VIVER aquilo! Tudo bem que ela foi ao extremo, não precisava tanto né... rs (quem viu o filme sabe do que eu estou falando), mas o filme é ÓTIMO, e a interpretação da Natalie Portman foi realmente digna de Melhor Atriz!

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  6. Falei que o filme era demais, que bom que você gostou! Legal era o contraste entre ela, ultra dedicada e tecnicamente perfeita, e aquela outra bailarina, que podia não ser tão perfeita na parte técnica mas se divertia ao dançar, deixava fluir sentimento e malícia, era muito mais livre e por isso mais sedutora (ou encantadora, como estamos falando aqui)!
    E a Natalie Portman arrasou mesmo. Já viu Closer, também com ela? Se não viu, recomendo...
    Beijos!

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  7. É Nina, esse é o desafio, conseguir conquistar os dois lados, ter técnica, qualidade na dança e se divertir ao dançar, sentir! É bem comum encontrarmos dançarinos com uma das vertentes, mas com as duas...
    Acredito que não vi Closer ainda... vou procurar assistir.
    Bjs.

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